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Intel Core 8ª Geração: Kaby Lake Refresh, Coffee Lake e Canon Lake

Oitava geração de processadores terá três arquiteturas diferentes no mercado; entenda e saiba se preparar para evitar confusão

A nova política da Intel representa uma ruptura com o modelo de distribuição das linhas anteriores e tem tudo para confundir o consumidor ao longo de 2018, apresentando situações em que dois processadores de oitava geração podem contar com arquiteturas bem diferenetes entre si.

 

Oitava geração da Intel chegará ao usuário em três arquiteturas diferentes (Foto: Divulgação/Intel)Oitava geração da Intel chegará ao usuário em três arquiteturas diferentes (Foto: Divulgação/Intel)

Oitava geração da Intel chegará ao usuário em três arquiteturas diferentes (Foto: Divulgação/Intel)

A ideia de arquitetura

Quando se fala em arquitetura de um processador, se menciona, basicamente, duas coisas: o repertório tecnológico da CPU e também o processo de manufatura em que o chip é concebido na fábrica. Um processador Kaby Lake é de sétima geração e tem manufatura de 14 nanômetros, por exemplo. Isso significa um certo perfil de desempenho e consumo de energia que faz esse processador superior a um Ivy Bridge de 22 nanômetros.

Em geral, a Intel sempre promoveu o lançamento de uma nova geração de seus processadores atrelado a uma nova arquitetura. Entretanto, desafios tecnológicos na criação de designs que tenham dimensões inferiores aos 14 nanômetros acabaram com esse ciclo.

O resultado é que Kaby Lake Refresh, Coffee Lake e Canon Lake são três microarquiteturas diferentes e todas são consideradas de oitava geração pela Intel.

Os Kaby Lake Refresh e Coffee Lake, embora diferentes, acabam contando com o mesmo design básico de 14 nanômetros (existem diferenças entre eles que colocam os Coffee Lake em um degrau acima, do ponto de vista de perspectiva de desempenho e consumo). Os processadores Cannon Lake, previstos para chegarem ainda mais tarde, quebrarão o ciclo com unidades de 10 nanômetros e também serão de oitava geração. A nova geração, Ice Lake, chega em 2019.

 

Ficou confuso?

Sim. E vai ficar mais: em algum momento de 2018, você encontrará processadores de oitava geração no mercado, mas de perfis de performance, consumo e tecnologia potencialmente bem diferentes: serão três perfis tecnológicos distintos em produtos anunciados como de uma mesma geração, o que tem tudo para confundir muita gente.

 

Oitava geração chega com quatro processadores para notebooks, todos Kaby Lake R (Foto: Divulgação/Intel)Oitava geração chega com quatro processadores para notebooks, todos Kaby Lake R (Foto: Divulgação/Intel)

Oitava geração chega com quatro processadores para notebooks, todos Kaby Lake R (Foto: Divulgação/Intel)

Do que se sabe agora: os Kaby Lake R são, na verdade, revisões simples sobre os Kaby Lake de sétima geração (daí a manutenção do nome, inclusive), os Coffee Lake terão melhorias mais destacadas sobre os Kaby Lake originais e os Cannon Lake, aí sim a 10 nanômetros e arquitetura completamente nova, deverão ser o que de mais avançado a Intel oferecerá no mercado. E tudo isso misturado formará a oitava geração.

Agora, imagine a situação: você sai em busca de um processador de última geração. Escolhe um Core i7 que, por ventura, é fruto da arquitetura Coffee Lake. Na prateleira ao lado, um Core i5, mas Cannon Lake, é mais barato, mais rápido e gasta menos energia. Mas, desatento, você descobriu isso só quando voltou para casa.

Uma saída para reduzir a confusão seria a Intel demarcar de forma precisa os limites de cada arquitetura: os Kaby Lake R para notebooks, Coffee Lake em computadores intermediários e os Cannon Lake, tecnologicamente mais avançados, em linhas para entusiastas, por exemplo. Entretanto, a falta de informações sobre o que cada uma das três arquiteturas trará ao mercado, e sobre a janela de lançamentos divulgada oficialmente, põe esse cenário em cheque.

 

Como separar uma arquitetura da outra?

 

Noção de arquitetura é importante porque revela o perfil tecnológico do processador; ao misturar arquiteturas diferentes numa única geração, Intel pode confundir o consumidor (Foto: Divulgação/Intel)Noção de arquitetura é importante porque revela o perfil tecnológico do processador; ao misturar arquiteturas diferentes numa única geração, Intel pode confundir o consumidor (Foto: Divulgação/Intel)

Noção de arquitetura é importante porque revela o perfil tecnológico do processador; ao misturar arquiteturas diferentes numa única geração, Intel pode confundir o consumidor (Foto: Divulgação/Intel)

No momento, a Intel lançou apenas quatro processadores de oitava geração, todos eles Kaby Lake R e voltados para notebooks. Portanto, não há como se confundir com as três arquiteturas no momento: novos lançamentos de oitava geração não são esperados até janeiro.

Além de demarcar precisamente os territórios de cada arquitetura, uma saída viável para a Intel seria sinalizar a qual linha uma CPU pertence por meio das siglas aplicadas à nomenclatura de cada produto. Hoje, o consumidor diferencia um processador intermediário de um top de linha de sétima geração a partir da numeração e das letras nos nomes: o Core i7 7700T é sensivelmente inferior ao i7 7700K, e basta uma letra para saber isso.

Uma nova política de nomes pode contribuir para que o consumidor diferencie melhor os novos produtos e fuja de “armadilhas”. No momento, não há nenhuma informação oficial se a Intel vai usar algo do tipo, e como o tumulto só deve começar com a chegada dos novos processadores ao mercado, é importante ficar de olho e, se possível, esperar um pouco para investir em um PC novo. É possível que o top de linha de sétima geração que você compre hoje, seja superado por um intermediário da oitava geração amanhã.


Por Filipe Garrett, para o TechTudo

 

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