Detalhes do Skylake são revelados e Intel destaca desempenho gráfico
Além das novidades para quem quer comprar um computador novo – cujo foco é o desempenho acima de tudo -, a fabricante também mostrou uma nova linha, mais “básica”, de olho nos donos de PCs antigos. De acordo com Skaugen, mais de 1 bilhão de computadores no mundo têm mais de três anos – e precisarão ser trocadas ou sofrer upgrade em breve.
Com a nova geração de processadores, esses donos de “dinossauros” terão a seu alcance o dobro do desempenho e gráficos até 30 vezes melhores, para a reprodução de jogos e vídeos. Afinal, é preciso contemplar a todos: trata-se do maior e mais massivo lançamento já feito pela companhia, que enfileirou cerca de 48 novas variantes de processadores, para todos os bolsos e necessidades.
A 6ª geração de chips Intel Core dá maior atenção ao consumo de energia, a melhorias gráficas e ao suporte multimídia. A promessa da Intel – aliás, feita em praticamente todos os eventos de lançamentos – é de que a bateria tenha sua autonomia triplicada quando novos componentes foram adicionados, em substituição aos antigos.
Agora, no entanto, a maior novidade fica por conta da subdivisão da família de processadores Intel Core M – até aqui usados apenas em ultrafinos, como o Macbook Apple, e com desempenho mediano, os chips passam a estar divididos nas categorias Core M3, M5 e M7. A divisão segue a lógica já é usada nos Intel Core i3, i5 e i7 – sendo que quanto maior for o número, mais potente será o processador.
Comparando com os processadores Haswell apresentados no ano passado a melhoria na performance global deve rondar os 10% e a nível gráfico cerca de 30%. Vale destacar ainda a aposta da Intel em portáteis mais potentes. Além de trazer os processadores Xeon para os smarts, tablets e híbridos, a Intel criou também pela primeira vez um processador de quatro núcleos Core i5, além de um chip Core i7 que suporta overclocking de até 30%.
Todos os processadores possuem amplo suporte à tecnologia 4K, oferecendo assim a melhor experiência ao assistir vídeos e jogar. Os gamers, inclusive, foram o grande algo do discurso do executivo da Intel. Segundo ele, são 1,8 bilhão de jogadores em todo o mundo, sendo que 1,2 bilhão possuem PC gamers. Por isso, além da alta performance em gráficos, quando o usuário utiliza Windows 10 e os novos processadores, ele pode gravar e compartilhar seus jogos com alta qualidade.
A partir daí, a apresentação de Skaugen evoluiu para os PCs domésticos. Para ele, são três as maiores necessidades do público atual: não usar senhas, não usar fios e a contar com a chamada “interação natural”. Para o primeiro tópico, o executivo apresentou a tecnologia que acaba com as senhas para desbloquear um device ou entrar em um site, feita em parceria com a True Key. Por meio do Windows 10 Hello, é possível logar somente com reconhecimento facial.
O ponto alto da apresentação, no entanto, foi a apresentação da tecnologia de recarga sem fios. Resultado da fusão de dois concorrentes, o sistema é capaz de enviar até 20 watts – quatro vezes mais potência do que os modelos atuais no mercado. Com isso, o usuário pode carregar inclusive seus notebooks.
E o mais legal é que, diferentemente da indução magnética – que pode ser bloqueada por capas, sleeves ou outras proteções para os gadgets – a novidade da Intel é baseada na ressonância magnética (aquela mesma que você usa em hospitais). Com isso, os aparelhos não precisam estar exatamente sobre a superfície carregadora – a margem de “erro” é de até cinco centímetros. A novidade já foi instalada em hoteis e restaurantes, e pode carregar inúmeros gadgets simultaneamente.
Combinada com a tecnologia WiGig – que também foi demonstrada na IFA e promete conexões de dados de até um giga de velocidade -, o carregamento wireless pode realmente acabar com os fios pela casa. O WiGig, ao contrário as similares que existem atualmente, permite conectar periféricos e enviar dados – como um stream de vídeo para sua TV, por exemplo – com uma distância de até cinco metros sem perder qualidade.
Por fim, Skaugen demosntrou a tecnologia “Natural Interaction”, que permite que o computador reconheça e “desenhe” uma pessoa ou objeto fotografado. Com isso, ele possibilita diferentes interações, como o uso da imagem em um avatar de jogos. O próprio executivo da Intel foi “vítima” de um teste ao vivo. Seu avatar deu piruetas, correu, enfrentou vilões e fez o impossível na tela. Resta saber se a gigante americana vai ter os mesmos superpoderes na vida real.