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3G, 3G+ e 4G: quais as diferenças entre essas tecnologias?

3G, 3G+ e 4G: quais as diferenças entre essas tecnologias?

Em plena era de smartphones e tablets, ainda há muita dúvida sobre o que é o 3G, o 3G+ e o 4G. Saiba tudo a respeito das tecnologias nessa matéria especial
 
28 de Fevereiro de 2012 | 17:57h
 
Rafael ArbuluHoje, conexão à internet é fator imprescindível para realizarmos várias atividades da vida moderna. E, convenhamos: quanto mais rápida, melhor. Para as conexões fixas, as velocidades são bem estipuladas: podemos optar por planos de 1 Mbps, 10 Mbps, 20 Mbps – quanto maior o número, mais rápido ela é, obviamente. Mas, no caso dos celulares, a velocidade é definida, basicamente, pela tecnologia utilizada pelas operadoras. É aí que entram as diferenças entre 3G, 3G+, 4G e muitas outras.
O “G” significa “Generation“, ou “Geração”, enquanto o número que o antecede faz menção a qual geração estamos (3G = terceira geração). A cada novo “G”, melhorias na rede – sobretudo em velocidade – são implementadas ao consumidor. A grosso modo, o primeiro “G” representava telefones analógicos, enquanto o 2G trouxe os telefones digitais. Com a evolução da tecnologia, surgiu o EDGE – também chamado de 2,5G, que oferece transferência de dados a velocidades não muito satisfatórias. De vez em quando, é possível que você ainda veja um “E” aparecendo no visor do seu telefone – essa rede EDGE, que funciona em paralelo com a 3G atual, é acionada quando o sinal não é muito forte na região onde você está.

O 3G
Na teoria, a tecnologia 3G permite até 7Mbps de velocidade – algo satisfatório para os padrões de dados do mundo atual. Mas, na prática, por causa dos diferentes graus de conservação e robustez das redes das diversas operadoras, a velocidade da “banda larga móvel” varia entre 400 Kbps a 4 Mbps. Aqui no Brasil, porém, a média de oferta na velocidade de conexão é de 1 Mbps. Para piorar, por contrato, as operadoras se protegem e garantem a entrega de apenas 10% do que foi acordado. Isso é uma verdadeira puxada de tapete no consumidor que espera por bons serviços de internet móvel.
O modelo 3G é o predominante no Brasil, embora outros já estejam entre nós…
o 3G+
Está aqui uma oferta de internet móvel que, para parte do público, é uma evolução na forma de se navegar pelo celular. Para outros, é uma desculpa que tenta justificar a inexistência do 4G no Brasil até hoje.
O 3G+, a grosso modo, pode ser visto como um “empurrãozinho” na velocidade de conexão. A tecnologia pode ofertar até 21 Mbps, contra os 7 Mbps do 3G tradicional. Apesar dos números, na prática não é possível sentir muita diferença na velocidade se comparado com o 3G – salvo a estabilidade de sinal, que em tese é bem maior. O Olhar Digital já publicou uma matéria relacionada ao 3G+, inclusive com informações das operadoras nacionais que já oferecem este tipo de sinal. Clique aqui para saber mais detalhes.
O 4G
O sinal 4G, que pode oferecer velocidade de até 100 Mbps em seu celular, ainda não está disponível no Brasil. E a razão é a morosidade da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). A ANATEL determina, através de leilão de radiofrequência, as faixas de conexão 4G disponíveis para uso pelas operadoras. Em tal leilão, quem “vence” deverá ofertar a conexão 4G, mas não em suas regiões de escolha e sim em uma área determinada pela ANATEL. Em outras palavras: uma operadora pode oferecer o 4G na região Sudeste, onde a incidência de smartphones é maior, mas também é obrigada a disponibilizá-la na região Norte, por exemplo – onde, teoricamente, não seria um bom mercado para a empresa graças ao vasto território e pouca densidade demográfica.
Durante a Campus Party, o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que o edital para um novo leilão será publicado até o dia 16 de abril e terá um prazo de 30 dias. O leilão está previsto para acontecer em algum momento do mês de maio, ainda sem data definida. Nossa equipe também já publicou, em duas ocasiões, matérias relacionadas ao desenvolvimento da tecnologia 4G no Brasil e no mundo. Veja tais materiais aqui e aqui.
A ANATEL já realizou audiências públicas e também com o setor privado para determinar cláusulas a constarem no edital. O leilão em si estava previsto para acontecer em algum momento de abril, mas as operadoras pressionaram pelo adiamento, sob justificativa de querer explorar mais o 3G, além de acreditarem ser difícil pagar pela licença de uso da faixa de frequência 2,5GHz – onde opera o 4G.
Para as operadoras, ainda existe um amplo investimento sendo feito no aproveitamento pleno do 3G no Brasil – e instituir o 4G agora seria exigir um valor que elas não estão dispostas a pagar. O foco delas, agora, é a instalação do 3G+, também chamado de HSPA+ – este, com o triplo de velocidade do 3G atual. O sinal 4G, em tese, é o que oferece a conexão mais rápida da internet móvel no momento: existe uma verdade nisso, mas é importante ressaltar que o nome “4G” serve para rotular diversas tecnologias de conexão móvel, como HSPA+ 21/42 (algo similar ao 3G+), WiMax e LTE – todos já presentes no Brasil, mas de forma menos expressiva.
Ainda não há informação exata de quando os leilões de frequência 4Gcomeçarão no Brasil, mas o site da ANATEL publica informaçõesconstantes quanto à abertura de editais sobre o assunto.

 
Fonte

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